China veta anúncios de marcas de luxo para combater corrupção e extravagância
Governo diz que presentes caros levam a um comportamento socialmente reprovável
O governo da China anunciou a proibição de anúncios de rádio e TV que estimulem o consumo de objetos de luxo por transmitirem valores deturpados, segundo a mídia estatal.
O movimento é parte de uma campanha do governo para combater a corrupção e extravagância.
Relógios, moedas de ouro e bebidas estão entre os itens afetados, disse a agência de notícias Xinhua.
Dar presentes de luxo a funcionários do governo é prática comum na China
A distribuição de presentes, muitas vezes para ganhar o favor de funcionários públicos, é prática comum durante o ano novo lunar, que começa na próxima semana. Mas o órgão fiscalizador da televisão chinesa entende que anúncios de alguns canais incentivam pessoas a dar itens de luxo. Segundo reguladores, isto promove um ethos social danoso, reporta a Xinhua. Um funcionário da Administração Estatal chinesa para Rádio, Cinema e Televisão (SARFT) disse à agência que a medida é uma resposta à prática de desperdício e de extravagância. O novo líder do Partido Comunista, Xi Jinping, tem reiterado a necessidade de combater a corrupção e proibiu manifestações de extravagância entre integrantes do corpo político e militar. As novas restrições coincidir com a promessa do governo para combater o fosso crescente e politicamente sensível entre ricos e pobres no país. O plano inclui também o aumento do salário mínimo para 40% da média dos salários urbanos até 2015. O governo diz que as reformas são necessárias para tornar a distribuição de renda mais justa. Jornalistas estrangeiros que atuam no país dizem que a iniciativa reflete a preocupação do partido comunista de que as crescentes desigualdades poderiam ameaçar a estabilidade política.
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