sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Após ano de prejuízos, companhias aéreas preveem recuperação em 2013

Fim de taxas trará economia de R$ 320 milhões, e setor vai questionar preço de combustível


"No último bimestre de 2012, sentimos que 2013 será melhor", diz representante das empresas

As companhias aéreas brasileiras esperam reequilibrar os balanços em 2013, após "um ano bastante duro para o setor", nas palavras de Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa as cinco maiores empresas – TAM, Gol, Avianca, Azul e Trip, responsáveis por cerca de 99% do mercado no País.
Em 2012, as principais companhias tiveram prejuízos bilionários. As perdas da Gol, somente nos primeiros nove meses, passaram de R$ 1 bilhão. A TAM, segundo o último balanço divulgado, teve prejuízo líquido de R$ 928 milhões no segundo trimestre. Juntas, elas respondem por 78,5% do mercado nacional.
Para aliviar as contas em 2013, o setor aposta principalmente numa renegociação do preço do combustível. O querosene de aviação, que representa cerca de 40% das despesas das companhias, subiu 50% entre 2010 e 2012, segundo a Abear.
Como o principal fornecedor é a Petrobras, essa negociação é feita entre as empresas e o Governo, principalmente no Ministério da Fazenda. "Combustível será nosso principal debate neste ano. Vamos discutir a fórmula de precificação, a tributação e a periodicidade dos aumentos", diz Sanovicz.
"A aviação brasileira triplicou o número de passageiros transportados nos últimos dez anos, e agora serve mais de 90 milhões de pessoas por ano. Se outros modais de transporte têm políticas públicas, nas quais o Governo entende que um aumento de combustível impacta milhões de pessoas, a aviação também precisa ter", afirma Sanovicz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário